A Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe (OAB/SE), por meio da Comissão de Direito Sistêmico, realizou nessa terça-feira, 18, o Webnário Saúde Emocional do Advogado em Tempos de Pandemia.
O evento teve como mediador o advogado e presidente da Comissão de Direito Sistêmico da OAB/SE, Josadach Alves de Albuquerque Júnior, e como palestrante o médico Pediatra e Terapeuta da Constelação Familiar Sistêmica e Experiência Somática, Marcos Aurélio de Araújo Carvalho.
Na abertura do Webnário, Josadach Alves agradeceu o apoio ao evento da Diretoria da OAB/SE pela disponibilidade e forte atuação mesmo em tempo de pandemia e também aos integrantes da Comissão de Direito Sistêmico, ao palestrante Marcos Aurélio de Araújo Carvalho e aos participantes.
Josadach revelou que o que motivou a Comissão abordar o tema Saúde Emocional do Advogado em Tempos de Pandemia foi a necessidade de se perceber e sair um pouco do formalismo imposto pela profissão, passando a se perceber como pessoa, como seres humanos. “A gente precisa ter essa necessidade de cuidado e se a gente não se olhar, não se observar, não se conhecer e não se cuidar sem dúvida alguma isso termina afetando a nossa atuação, nossa relação com os clientes, os nossos sócios do escritório, os nossos colaboradores e com a família”, pontuou.
Saúde emocional
De acordo com o palestrante Marcos Aurélio de Araújo Carvalho, abordar esse tema da saúde emocional é um enorme desafio. “Quem de nós, viventes nesse mundo, nessa terra, não sofreu ou não sofre com os impactos dessa pandemia”, disse.
Segundo ele, principalmente nos últimos tempos no Brasil em que se vem acompanhando tantos lutos, tantas perdas. “Perdas importantes, perdas próximas, não tão próximas, todos nós conhecemos pessoas que perderam pessoas ou nós mesmos perdemos parentes, amigos e conhecidos”, revelou.
Conforme o médico Pediatra e Terapeuta da Constelação Familiar Sistêmica e Experiência Somática, para manter a saúde emocional o primeiro desafio que vem sendo enfrentado é o quanto as pessoas estão se permitindo desapegar e perder um pedaço de si, da sua história. “Alguns se prendem ainda e se amarram ao passando, antes da pandemia, e querem reproduzir um “novo normal” aquilo que já se foi como hábito na frequência que se praticava e isso provoca uma certa angústia, uma certa ansiedade, porque a gente não quer se desgarrar de antigos hábitos, que não fazem mais sentido nesse momento”, afirmou.
Ele disse ainda que o contato, o afeto e o vínculo devem ser estimulados e é para a vida inteira. “Nós mamíferos precisamos e nos regulamos através do olhar do outro. O hormônio da empatia é gerado através do contato e o contato visual também auxilia muito e isso a gente perdeu bastante e perdeu ainda mais quando esse ente querido se foi e não mais é visto fisicamente, então como é que a gente lida com isso?”, questiona.
Para assistir o evento completo, basta acessar: https://www.youtube.com/watch?v=rvIvhnwhFdw