Nesta segunda-feira, 12, a relação entre o exercício da advocacia nos tempos modernos e as alternativas extrajudiciais para solução de conflitos foi tema de mais uma oficina realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil através da Comissão de Conciliação, Mediação e Arbitragem.
A oficina foi presidida pela advogada, mediadora, especialista em Métodos Adequados de Solução de Conflitos e presidente da Comissão, Patrícia França. “É vital falar sobre o advogado moderno, que busca as alternativas de solução de conflitos como a mediação e conciliação”.
O advogado, especialista, mediador de conflitos e vice-presidente da Comissão, Saulo Álvares, abriu os debates com a palestra “A atuação extrajudicial do advogado negociador”.
Em sua fala, Saulo abordou a necessidade da advocacia pensar além do processo e da atuação judicial. Segundo o especialista, é preciso que os profissionais coloquem em prática alternativas extrajudiciais, como a comunicação direta com as partes relacionadas à ação.
“Às vezes, enquanto o processo está em andamento, conseguimos dialogar com o advogado da parte diversa e isso pode encurtar a ação. Precisamos pensar além da atuação judicial, podendo, a exemplo, contatar o cartório ou usar comunicação direta com os envolvidos”.
Em seguida, o advogado, Pedro Henrique, relacionou, em sua palestra, o exercício da profissão nos tempos modernos com a utilização das alternativas extrajudiciais. Para ele, a fim de solucionar os conflitos, a advocacia deve buscar meios alternativos para encurtar o processo.
“Hoje, o advogado deve estar conectado, seja presente em redes sociais, fazendo reuniões por Skype ou criando uma rede colaborativa em todo o país, pelos quais é possível fazer acordos e desenvolver a mediação. O advogado tem que ser facilmente encontrado”, considera.
As oficinas da Comissão são realizadas gratuitamente na primeira segunda-feira de cada mês e reúne advogados, juristas, conciliadores, mediadores, bacharéis e estudantes para colocar em discussão os principais temas relacionados à conciliação, à mediação e à arbitragem.
Presente nesta edição, o coordenador do curso de Direito da Faculdade Pio Décimo, Sérgio Bezerra, afirmou que as oficinas são imprescindíveis. “Esse é um trabalho de excelência e de muita importância, sobretudo, porque visa atingir a grande mudança que o Novo CPC trouxe: a obrigatoriedade de utilizar a mediação antes de iniciar todo e qualquer processo”, disse.