Na noite desta segunda-feira, 25, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Sergipe, inaugurou o Núcleo de Mediação e Conciliação de Conflitos da OAB/SE – NUMEC. Durante a solenidade, foram empossados os 15 membros que atuarão no órgão responsável por mediar e conciliar interesses jurídicos em fase pré-processual diante de conflitos societários entre advogados e de reclamações de natureza disciplinar.
O presidente da OAB/SE, Henri Clay Andrade, vê a iniciativa como um grande avanço institucional. “A resolução consensual de conflitos já é uma realidade e confere maior celeridade aos casos em que as práticas conciliáveis podem ser aplicadas, evitando a tormenta de um processo longo e desgastante. A instituição do NUMEC é uma ação inovadora na OAB e benéfica para toda sociedade sergipana, visto que ampliará a execução das atividades de mediação e conciliação no Estado”, frisou.
Para a presidente da Comissão de Mediação, Conciliação e Arbitragem da OAB/SE, Patrícia França, é honra ter contribuído na criação do núcleo que será efetivo na solução de conflitos baseada no respeito mútuo. “Este é um projeto da Comissão, construído com carinho e dedicação, com todo apoio da presidência da OAB, que abraçou esta causa. O NUMEC vai atuar em conjunto com o TED e visa oferecer a oportunidade de resolver situações conflituosas pacificamente. Todos os advogados inscritos na seccional que possuam curso de capacitação em mediação judicial ou extrajudicial poderão exercer atividades no núcleo e disseminar a cultura de mediação dentro do Estado”.
Coordenadora do NUMEC, Katiene Barbosa, destacou a relevância do núcleo. “Hoje inauguramos o primeiro núcleo de mediação e conciliação de conflitos do Norte e Nordeste. E, nos moldes em que foi criado, acredito que seja o primeiro do país. Um ambiente planejado com intuito de abraçar nossos colegas advogados e oferecer um local sigiloso e seguro para o debate dos conflitos societários e entre clientes. Nosso objetivo é promover a solução de divergências de forma célere, econômica e eficaz no sentido social. Afinal de contas o direito é uma ciência social, sendo nosso dever, enquanto profissionais de advocacia, buscar uma sociedade livre, justa e igualitária. E isso inclui acreditar nas práticas pacificadoras de resolução de conflitos”, pontuou Katiene.
A advogada Helen Santos, empossada no NUMEC, ingressou na mediação por curiosidade e desenvolveu afinidade pela área. “Comecei a atuar como mediadora no ano passado e me encantei por esse trabalho. Vejo a mediação como algo diferenciado, que oferece uma visão mais humana do conflito, buscando uma solução harmoniosa para ele. Por vezes, o advogado é a figura responsável por estabelecer o mínimo de cordialidade entre pessoas que já tinham algum compromisso anteriormente, como em processos de divórcio. Já vivenciei casos em que rancores foram quebrados durante a mediação, o que é bom para todos os envolvidos, principalmente quando existem crianças. Para mim, essa humanização do conflito é o que torna a mediação uma atividade única”, contou a advogada.