A comissão de direitos humanos da OAB/SE participou de uma reunião com a direção do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado. O encontro teve por objetivo discutir a atual situação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) Sergipe, que já foi referência no país, mas hoje enfrenta uma grave crise.
Durante a reunião, os representantes do sindicato ressaltaram que a população sergipana está sofrendo com a falta de assistência do SAMU. De acordo com a entidade de classe, a frota conta com 59 ambulâncias e quatro motolâncias. Desse quantitativo apenas 13 ambulâncias estão funcionando de forma precária para atender as ocorrências do Estado inteiro e todas as motolâncias foram tiradas de circulação. “Estamos com 78% da frota parada”, alertou o presidente do sindicato, Adilson Capote.
Ainda segundo o presidente, a desassistência à população é um fato recorrente no serviço prestado pelo SAMU. “Uma ocorrência na capital leva em média duas horas e com apenas duas ou quatro ambulâncias em circulação, se tiverem cinco chamados no mesmo momento uma pessoa deixará de ser atendida”, exemplificou Capote.
Para a coordenadora do Núcleo da Saúde da OAB/SE, Clarissa França, diante do exposto no encontro, as principais causas do problema estão ligadas ao modelo de gestão adotada, que não prioriza a manutenção preventiva da infraestrutura. “É possível concluir que o objetivo maior do SAMU, promover assistência com um tempo mínimo de resposta, não está sendo realizado adequadamente e a população é grande penalizada com essa situação”, pontuou a coordenadora.
Também estiveram presentes à reunião o presidente em exercício da Comissão de Direitos Humanos da Ordem, Robson Barros, e membros do Núcleo de Saúde da comissão de direitos humanos da OAB/SE.