A revista Época publicou em seu site nesta quarta-feira, 24, uma matéria sobre a decisão da Ordem dos Advogados do Brasil pelo ingresso de um pedido de abertura de impeachment contra o presidente da república, Michel Temer, na Câmara dos Deputados.
Na matéria, o presidente da seccional sergipana da entidade, Henri Clay Andrade, afirma que “a renúncia de Temer seria ato de bom senso e de grandeza” e que “o impeachment será o remédio amargo e necessário para estancar a sangria do Brasil”.
Confira a matéria abaixo:
OAB considera injustas críticas de Temer sobre velocidade de decisão sobre impeachment
Por meio de assessores, o presidente Michel Temer criticou a velocidade com que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu pelo ingresso de um pedido de abertura de impeachment contra ele na Câmara dos Deputados. O pedido será entregue na quinta-feira (25) pelo presidente da OAB, Claudio Lamachia. Temer se queixa que seu processo andou mais rápido que da antecessora, a ex-presidente Dilma Rousseff. A cúpula da OAB, no entanto, rechaça as críticas. Afirma que as chamadas para as sessões de discussão dos pedidos de impeachment – tanto de Dilma quanto de Temer – só ocorreram após provas sobre os casos terem sido disponibilizadas pela Justiça.
No caso de Dilma, o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e o juiz Sergio Moro levantaram sigilo de informações contidas na investigação – entre elas áudio de Dilma e Lula conversando sobre a posse do ex-presidente na Casa Civil – nos dias 15 e 16 de março. A OAB convocou a reunião para o dia 17 de março.
Agora, no caso Temer, a OAB convocou a reunião para o dia 20 de maio, apenas três dias após vídeos e áudios de delações da J&F terem vindo a público com a autorização do ministro do STF Edson Fachin. Lamachia afirma que a OAB não gostaria de pedir o impeachment de Temer, mas esse é o caminho apontado pela Constituição. “Os conselheiros federais da OAB, representantes da advocacia, analisaram o caso com a celeridade necessária, compatível com o pedido de impeachment de 2016”, afirma.
A insatisfação de outros integrantes da OAB com a situação política é notória. O presidente da seccional sergipana da entidade, Henri Clay Andrade, por exemplo, afirma que “a renúncia de Temer seria ato de bom senso e de grandeza. O impeachment será o remédio amargo e necessário para estancar a sangria do Brasil”.