Em reunião com representantes de entidades religiosas do Estado, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, Henri Clay Andrade, conclamou nesta quarta-feira, 25, um pacto social pela paz. Defendendo a indispensabilidade de enxergar o outro e pensar na coletividade, Henri Clay afirmou que a paz deve ser um pilar para a vida e para a sociedade.
No encontro, os dirigentes colocaram em discussão a crise da segurança pública do Estado e a falência do sistema carcerário sergipano. Na ocasião, Henri Clay defendeu a necessidade da implementação de uma política de segurança preventiva; do investimento em uma polícia integrada e comunitária; e do cumprimento das medidas cautelares alternativas à prisão.
No debate, o presidente da entidade reafirmou o posicionamento contrário da OAB sergipana à atual e preocupante política de punição e segregação na segurança pública e no sistema penitenciário de Sergipe. “Isso precisa ser mudado. Nós não podemos compactuar com isso. Precisamos lutar por um mundo melhor e construir uma nova política pela paz”, conclama.
Presente ao encontro, o arcebispo metropolitano de Aracaju, Dom João, relembrou o papel da Constituição Federal nesse contexto. “A Constituição de 88 surgiu para corrigir as desigualdades no Brasil. Infelizmente, isso está cada vez mais distante. Precisamos cobrar por aquilo que nos é assegurado pela Constituição. A paz é também fruto da justiça”.
Com os propósitos de fomentar uma cultura de paz e propor um pacto social por uma nova política, a OAB/SE, a Arquidiocese, o Conal, a UMESE, e a Associação dos Dirigentes Cristãos de Sergipe, realizarão, em fevereiro, um seminário por uma política pela paz. “Essa á uma somação de esforços, parte de uma grande caminhada”, afirma o presidente do Conal, Ricardo Lima.
Para o presidente da União dos Ministros Evangélicos do Estado de Sergipe, pastor Valdemar Alves de Araújo Filho, a articulação das entidades é estratégica e extremamente necessária. “O objetivo desse encontro é construir o bem comum. Todos nós comungamos da preocupação em construir uma cultura de paz na sociedade e estamos imanados nesse projeto”, afirmou.
Participaram também da reunião o presidente e o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem, Thiago José de Carvalho Oliveira e José Robson Santos de Barros.