Em defesa do livre exercício da advocacia sergipana, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Sergipe – OAB/SE, Henri Clay Andrade, asseverou nesta segunda-feira, 7, que a entidade não corroborará com qualquer tentativa de intimidar e silenciar a voz da advocacia.
“Nenhuma autoridade, seja ela civil ou militar, pode calar a voz da advocacia, sob pena de calar a cidadania”, afirmou Henri Clay.
Em ato de leitura da nota de desagravo público em favor do advogado, Jivaldo dos Santos Filho, que teve suas prerrogativas violadas no exercício da profissão, o presidente da Ordem asseverou que “qualquer atitude que vá de encontro à visão de advocacia livre e independente será combatida veementemente por este Conselho Seccional”.
“A vedação à atuação livre do advogado vai de encontro à Lei e afronta a dignidade da advocacia. Impor o silêncio a um advogado implica em feri-lo de morte, retira a sua dignidade e o sujeita a uma insignificância incompatível com o múnus público que desempenha”, disse.
Segundo a Conselheira relatora do processo de desagravo, Eliude Santana, a nota de Desagravo referiu-se à situação vivenciada pelo advogado Jivaldo dos Santos Filho, no dia 16 de junho durante uma assembleia sindical dos Bombeiros Civis do Estado de Sergipe ocorrida nas dependências de Força Sindical. “Na ocasião, o causídico tivera o direito à voz cerceado sob alegação do Presidente da entidade sindical de que: advogado não teria direito à voz naquela assembleia. Contudo, o advogado estava na assembleia representando os interesses de seus clientes”, ressalta Eliude.
“Agradeço a esta casa, ao Presidente, ao nobre Conselho e aos colegas advogados que hoje estão aqui presentes. Sinto-me de fato membro desta casa. Hoje a gente percebe que a OAB/SE tem representatividade e tem uma direção e um Conselho que olha com todo carinho e com todo respeito para seus advogados e garante as suas prerrogativas ”, disse Jivaldo dos Santos Filho.