Corredor de rua há mais de dez anos, José Wellington dos Santos é um exemplo de superação. A deficiência visual, adquirida aos 6 anos de idade por causa do glaucoma, nunca foi um obstáculo para o atleta que acumula medalhas ao longo da carreira. A última foi conquistada na 6ª Corrida dos Advogados, quando percorreu 10 km em 40 minutos ao lado de seu amigo e guia Eliseu Mann.
“Sou apaixonado pela corrida de rua e desde que comecei a praticar o esporte, nunca mais quis parar de correr e participar de provas. A Corrida dos Advogados era uma meta a ser atingida, e acredito que consegui da melhor forma possível”, disse Wellington, que além de corredor é formado em pedagogia e atualmente realiza um mestrado na área da educação.
“É uma grande honra poder ser o guia desde grande atleta que é o Wellington. Há quatro anos realizo esse trabalho com ele e me orgulho muito de poder ser os olhos de um atleta de alto rendimento, como é o caso desse meu amigo, que é obstinado dentro e fora das competições. Independente, pedagogo formado em primeiro lugar na turma da Faculdade São Luís, faz mestrado, e possui inúmeras qualidades que fazem dele uma pessoa acima da média”, ressaltou o guia Eliseu Mann.
A garra de José Wellington e a dedicação do seu guia despertaram a atenção da presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Sergipe, Ana Lúcia Aguiar, e do presidente da Comissão de Esportes da CAASE, Edmilson Júnior, ao final da corrida realizada no último domingo, 13. Nesta segunda-feira, 15, eles estiveram na sede da instituição para receber um brinde, um cupom oferecido pela loja A Suprema, que é parceira da CAASE, com direito a R$ 250,00 em compras.
“Fiquei muito feliz em receber essa gratificação, que é fruto do reconhecimento da diretoria da pelo meu esforço. Esse incentivo faz com que sigamos em frente nos treinos e nas competições, bem como ressalta a importância de instituições como a CAASE e a OAB-SE saírem à frente da inclusão das pessoas com deficiência nas competições de atletismo e outros esportes. Respeitando as limitações de cada um e criando, principalmente, categorias para que os deficientes possam concorrer igualmente, ou seja, deficientes visuais concorrendo com deficientes visuais, deficientes físicos com deficientes físicos, e assim por diante. Somente desta forma, é que teremos de fato resultados mais justos não só nas competições realizadas em Sergipe, mas no resto do país”, afirmou Wellington.